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Fundação Champalimaud

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Centro de Investigação para o Desconhecido (Fundação Champalimaud, Lisboa).
Centro de Investigação para o Desconhecido: anfiteatro sobre o rio Tejo.
Centro de Investigação para o Desconhecido: aspeto dos jardins. Ao fundo, a Torre de Belém e o rio Tejo.
Centro de Investigação para o Desconhecido: aspeto da entrada de visitantes.
Centro de Investigação para o Desconhecido: aspeto do jardim tropical.

A Fundação Champalimaud, formalmente Fundação D. Anna de Sommer Champalimaud e Dr. Carlos Montez Champalimaud, é uma fundação portuguesa, sem fins lucrativos, com a finalidade de desenvolver atividades de pesquisa científica no campo da medicina.[1]

Foi criada por testamento do empresário António de Sommer Champalimaud em 2004, tendo sido registada oficialmente em 17 de dezembro desse ano.[2]

Localização e acessos

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A sede da fundação situa-se em Pedrouços, no sudoeste de Lisboa, entre a via férrea e o Rio Tejo, em aterro anteriormente ocupado por instalações portuárias. Entre 2011 e 2013, a Carris manteve a carreira 98, ligando o complexo à estação C.P. mais próxima, com paragem intermédia no Restaurante Vela Latina.[3]

Com sede em Lisboa, o seu nome oficial é uma homenagem aos pais do seu instituidor. O empresário doou 500 milhões de euros para que a Fundação possa desenvolver, apoiar e promover a ciência em Portugal, tendo escolhido como sua presidente Leonor Beleza.

O objetivo da Fundação é promover a investigação científica na área da biomedicina, em especial nas áreas do cancro e neurociências.

Em relação ao Cancro, a Fundação optou por um modelo dirigido à obtenção de resultados na prevenção e no tratamento da doença: a investigação translacional, ou seja, o método que faz a ligação permanente entre a investigação básica e a investigação clínica, assegurando que as descobertas científicas se aplicam no desenvolvimento e no ensaio de soluções para os problemas que afligem as pessoas.

A investigação em neurociências tem por objetivo investigar as bases neuronais do comportamento.

A 4 de setembro de 2019, foi agraciada com o grau de Membro-Honorário da Ordem do Mérito.[4]

Centro de Investigação para o Desconhecido

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O Centro de Investigação para o Desconhecido da Fundação Champalimaud é um projeto de autoria do arquiteto goês Charles Correa. Foi inaugurado a 5 de outubro de 2010.

Implanta-se num terreno de 65 mil metros quadrados localizado na zona ribeirinha de Pedrouços. É um local privilegiado à margem do rio Tejo, próximo da Torre de Belém, simbólico por ser de onde os navegadores portugueses partiram há cinco séculos rumo ao "desconhecido".

O conjunto inclui dois blocos principais: o centro de pesquisa / centro de tratamento do cancro, e o auditório (ligados por um passadiço elevado). Possui ainda jardins e um anfiteatro ao ar livre.

Botton-Champalimaud Pancreatic Centre

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Este centro está localizado num terreno adjacente ao Centro Champalimaud, na margem do rio Tejo, próximo da Torre de Belém, em Lisboa, sendo o primeiro centro do mundo dedicado em simultâneo à investigação e ao tratamento do cancro do pâncreas. A sua inauguração ocorreu em 27 de setembro de 2021, 11 anos depois da inauguração do Centro Champalimaud para o Desconhecido.[5]

O novo centro foi financiado por uma doação de 50 milhões de euros do casal espanhol Mauricio Botton Carasso (neto do fundador da empresa alimentar Danone)[6] e Charlotte Botton, sua mulher, sendo a primeira vez que uma família estrangeira confia a uma instituição filantrópica portuguesa uma responsabilidade desta natureza. Mauricio Carasso faz parte da terceira geração de uma família de judeus sefarditas.[7][8]

Pacientes Internacionais na Fundação Champalimaud

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A Fundação Champalimaud dispõe do International Patient Office, um gabinete que proporciona todo o apoio a pacientes internacionais, desde a marcação de consultas de especialidade até à análise cuidada - por parte da equipa de Especialistas - do processo clínico destes doentes internacionais, bem como o estudo da elegibilidade para os tratamentos que o Centro Clínico Champalimaud dispõe.

Prémio internacional

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A organização instituiu o "Prémio António Champalimaud de Visão" atribuído a instituições de qualquer país do mundo que se destaquem no combate às doenças que afetem a visão. O Prémio de Visão é atribuído nos anos ímpares e tem o valor de um milhão de euros, alternando entre a investigação científica na área da biomedicina e instituições com efetivo contributo no alívio de problemas visuais, sobretudo nos países em desenvolvimento.

Até à data, os vencedores do prémio foram:

  • 2007Aravind Eye Care System - Índia[9]
  • 2008 — Jeremy Nathans e King-Wai Yau, da Universidade Johns Hopkins
  • 2009Helen Keller International
  • 2010 — J. Anthony Movshon e William Newsome
  • 2011 - Programa Africano de Controlo da Oncocercose
  • 2012 - David Williams e uma equipa liderada por James Fujimoto. O valor de um milhão de euros foi dividido pelas duas equipas, pelo desenvolvimento de duas técnicas para ajudar a observação da estrutura do olho humano.
  • 2013 - Nepal Netra Jyoti Sangh, Eastern Regional Eye Care Programme, Lumbini Eye Institute e Tilganga Institute of Ophthalmology
  • 2014 - Napoleone Ferrara, Joan Miller, Evangelos Gragoudas, Patricia D'Amore, Anthony Adamis, George King e Lloyd Paul Aiello.
  • 2015 - Projeto Kilimanjaro
  • 2016 - Christine Holt, Carol Mason, John Flanagan e Carla Shatz. O valor total do Prémio, de um milhão de euros, foi distribuído entre estes quatro investigadores
  • 2017 - Sightsavers e Christian Blind Mission (CBM)

O melhor local para trabalhar

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Em 2012 a Fundação Champalimaud ficou em primeiro lugar na lista dos melhores sítios para trabalhar fora dos Estados Unidos, selecionada pela revista norte-americana The Scientist. Mais de 1.500 cientistas responderam ao inquérito para a escolha dos melhores sítios para investigadores pós-doutorados trabalharem tanto nos EUA como fora.[10]

Referências

Ligações externas

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